Brasília, 10 de janeiro de 2020.
“O Serpro funcionaria, perfeitamente, do mesmo jeito que hoje, com 3 (três) mil funcionários a menos.”
Em reunião que ocorreu no dia de hoje (10/01/2020), na sede do Serpro, em Brasília, com a participação de representantes da Fenadados e FNI e representando o Serpro os senhores Antonino Guerra, Gileno Gurjão Barreto e Juliano Couto.
A reunião foi solicitada pela Fenadados, após os fatos ocorridos em diversos estados, onde os trabalhadores de rede que prestam serviços à Receita Federal do Brasi – RFB, foram colocados à disposição tendo sido orientados pela empresa de aguardarem em casa.
A direção do Serpro alegou que, em decorrência da diminuição orçamentária da RFB, houve necessidade de redução do contrato culminando na adequação do contrato de prestação de serviços junto ao órgão, fazendo com que cerca de 200 (duzentos) trabalhadores/as nas diversas unidades da federação estejam nesta situação de instabilidade profissional e emocional. É cruel. As entidades representativas dos/as trabalhadores questionaram à empresa sobre as medidas adotadas para absorção deste conjunto de trabalhadores, garantido desta forma seus postos de trabalho. A empresa informou que, está em conversas com a RFB, que não tem um posicionamento definitivo, mas que estes trabalhadores que ainda se encontram com contrato de trabalho vigente terão seus direitos trabalhistas garantidos até definição da sua manutenção com a empresa ou não. Argumentaram que estes/as trabalhadores/as, não todos/as, poderão ser aproveitados.
Sobre os escritórios do Serpro nas 16 (dezesseis) unidades da federação a direção da empresa afirmou que os escritórios todos serão fechados. Argumentaram que a perspectiva é de alocar alguns trabalhadores em clientes e outros atuando em teletrabalho.
Existem estudos em cursos para: apresentação de Programa de Demissão Voluntária – PDV e analise de fechamento de regionais. Disseram que, a estimativa de prazo para conclusão destes estudos está prevista para algo em torno de 2 (dois) meses a 3 (três)
Sobre venda de prédios a começar pelo Andaraí, eles afirmaram que os estudos comprovaram ser esta a medida mais econômica. Para o qual foi argumentado, pelas representações dos trabalhadores, questões como, alto custo investido no prédio, risco de falta de espaco no Horto, mobilidade urbana, intempéries climáticas que podem resultar em desmotivação a um quadro funcional altamente qualificado.
Ao serem solicitados sobre a confecção de Ata para registro do debate ocorrido na reunião, a direção da empresa ficou de apresentar sua posição na segunda-feira.
A direção da empresa defendeu o Serpro e disse que seu papel é de prestar um bom serviço ao cidadão, sem fazer menção em seu comentário da importância dos trabalhadores, concordando que os serviços prestados são de excelência, porém por estes serviços são cobrados valores altíssimos incompatíveis com o mercado.
A representação dos trabalhadores falou de forma imperativa contra a privatização da empresa, defendeu a empresa pública e, por consequência defendeu o Serpro e seus trabalhadores, que prestam serviços de excelência à sociedade. E, reiterou que o Serpro tem um serviço diferenciado, não podendo ser comparado, de forma alguma à iniciativa privada da mesma forma não podendo ser praticado atos de gestão equivalentes.
Trabalhador, o pacote de maldades definitivamente teve o início de sua execução com a disponibilidade de vários trabalhadores, podemos esperar o intento de fechamento dos escritórios, há estudos para fechamento de regionais e apresentação do PDV. Nossa empresa e o emprego de centenas de trabalhadores está ameaçado. É hora de reagir, o desmonte e a privatização não são invencíveis.
FENADADOS sindicatos filiados
Sindppd/RS e Sindpd/SC/FNI
8 thoughts on ““O Serpro funcionaria, perfeitamente, do mesmo jeito que hoje, com 3 (três) mil funcionários a menos.””
Comments are closed.